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domingo, 30 de junho de 2013

Thinking of you- Capítulo 38



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                                                               Justin P.O.V

Meus pé direito batia rapidamente no chão, esperando ansiosamente por uma resposta, que, pelo o que eu conheço a Gabriela, provavelmente ela não iria ser dita agora. Ela suspirava várias e várias vezes, como se aquilo fosse realmente estranho para ela. E na verdade, era mesmo. Ela sempre teve esse jeito certinho, de nunca deixar as coisas saírem dos trilhos. E por mais que aquilo fosse o que mais me irritava nela ás vezes, também era o que me fazia a ama-lá mais.

- E então? .. - falei, calmamente.
- Você me pegou de surpresa Justin. - ela ajeitou o blazer branco. - Quer dizer, fugir? Tipo, mesmo?
- Sim, apenas fugir.. - ri fraco com isso.
- "Apenas"?! - ela disse, fazendo aspas com os dedos. - Sério isso Bieber?
- Cara, qual é a dificuldade?
- Sei lá, tipo, eu tenho um pai que precisa de mim, que eu não sei se você sabe, mas minha mãe morreu, sendo assim, sou a única família dele. Tem a Lily, e também a Letícia.. é, realmente, isso vai ser fácil de mais. - ela falou, totalmente irônica.
- E eu tenho a minha mãe..! - falei com a voz firme.
- Olha, não vai dar certo.. não vai mesmo.. - ela virou de costas para mim, parecendo pensar sobre algo.
- Quer saber, foda-se cara! Foda-se se não der certo, pelo menos a gente vai ter tentado. E se a gente quebrar a cara? Foda-se de novo! Gabriela, eu não quero passar o resto da minha vida com medo daqueles trouxas! 
- Justin, não fala assim.. - ela disse, calma, se virando de frente para mim.
- Falo sim, e me desculpa se ele é seu pai cara, me desculpa mesmo. Mas me diz, que tipo de pai faz isso com a filha? Sério, Gabriela! Tudo bem, que eu não tenho muita moral pra falar, mas eu não tenho medo. Eu não tenho medo do Jeremy e nem do Jhonny. Eu quero ir embora com você!
- Amor, eu sei, eu também quero, mas não é tão fácil.
- Eu sei, mas vamos tentar Gabi, por favor. - ela suspirou, passando a mão no cabelo. Peguei sua mão direita e entrelacei nossos dedos. - Eu te amo, cara! Se eu não te amasse, provavelmente eu não estaria aqui, no meio do estacionamento do Sttarbucks, pedindo, ou melhor, implorando pra gente tentar ter uma vida juntos, em paz. Olha, eu já namorei várias garotas, e sabe pra quantas eu fiz isso? Sabe, Gabi? - ela fez não com a cabeça, com um sorrisinho fraco no rosto. - Nenhuma. Por que você é a mulher da minha vida, com quem eu quero passar o resto dos meus anos juntos..

Ela me fitou por alguns segundos e logo abriu um sorriso enorme. Se aproximou lentamente de mim, e com uma voz linda e doce, disse:

- Confio e você, Jus!
- Isso quer disser o que?
- Que você me busca amanhã ás 19:30?

                                                                         


- O que?! - minha mãe dizia, parada em minha frente em quanto eu me servia um pouco de coca.
- Isso mesmo que você ouviu.
- Justin, pelo amor de Deus, me diz que é mentira.
- Não. - ri baixo, dando um beijo em sua testa.
- Olha só, eu te apoiei em tudo, certo? Mas nisso Justin, nisso de fugir com ela.. - ela se sentou no enorme sofá vermelho de veludo. - Eu simplesmente não posso.
- Eu sei tudo o que você passou por mim, e eu agradeço, do fundo do meu coração, mãe! Apenas me deixe ir.
- Eu não posso Justin, não desse jeito.
- Claro que pode. - tome um gole de coca. - Pode até vir comigo se quiser.
- Você enlouqueceu, só pode!
- Não, mãe, apenas quero ter uma vida em paz somente isso.
- Filho..
- Mãe, por favor.
- Quando vai ser isso?
- Amanhã ás 19:30.
- Meu Deus.. 
- Então..
- Vá comprar as passagens.
- Ta falando sério? - disse, sorrindo.
- Infelizmente. - ela riu fraco.

A abracei, o mais forte que pude.

- Pattie, você é a melhor.

                                                                                                         Gabriela P.O.V


- Que ótimo, sem sinal! - disse, jogando meu celular para o outro canto do sofá.

Eu estava sozinha em casa, quer dizer, na casa de Lily. Eu meio que me mudei para cá, e eu garanto, é bem melhor do que ficar lá na minha própria casa. Mas isso não era o que realmente estava me preocupando. O que não saía da minha cabeça, era o fato de que eu iria fugir com Justin. A verdade era que eu estava totalmente dividida. Uma parte de mim queria permanecer aqui, ficar com meu pai, Lily e Letícia. Outra queria loucamente ir com ele, viver uma vida em paz, com o amor da minha vida.

- Droga, eu odeio isso. - bufei. 

- Nossa, parece que tem gente irritada aqui. - Lily disse, enquanto jogava as compras no chão e fechava a porta.
- Ah, Lily, foi mal! - passei a mão na cabeça lembrando que eu havia combinado de ir almoçar com ela e depois iriamos ao shopping. - Eu esqueci completamente.
- Tudo bem. - ela riu. - Parece que a conversa com o Bieber não foi lá uma das melhores heim.
- Foi e não foi.. na verdade, nem sei. - bufei.
- Vish, o que houve mocinha?
- Se eu te contar, acho que você não vai acreditar.
- Hm, o que é?
- Justin me pediu pra fugir com ele amanhã.
- OQUE?? - ela gritou.
- Eu não disse?! - ri baixo. - Olha, eu sei que parece loucura.
- Não, não parece! É loucura! Gabi, o que você disse.
- Bom..eu..
- Você?
- Eu meio que disse sim.
-  AI MEU DEUS DO CÉUS! Gabriela, você ficou louca?
- Lily, entende o meu lado, as coisas não estão nada fáceis pra nós dois.
- E vocês acham que o melhor a fazer é fugir?!
- Olha, sinto muito se você não concorda, mas eu vou. - Me levantei, não acreditando nem um pouco no que eu mesma estava falando. 
- Meu Deus! - Lily se sentou. - O Jhonny vai ficar..
- Não importa, se eu vou ou não, que ele fique ciente que a culpa é toda dele.

Nisso, me levantei e e fui para o meu quarto. Meu celular tocou, era Letícia.

--
- Alô?
- SUA VADIA DO CARALHO! PORRA GABRIELA, AONDE VOCÊ TAVA ESSE TEMPO INTEIRO?!
- Ei, calma!
- Calma nada, eu te ligo, você não atende, te mando sms você não responde, e ainda por cima, faz dias que você não vem na escola. Por sua culpa eu tenho que ficar aturando a Mariah o intervalo inteiro.
- Hm, virou "bff" dela agora?
- Cala a boca, cara! O que ta acontecendo.
- Olha só, por telefone não vai dar.
- 15 minutos, na minha casa.
--

Nisso a vadia desligou. Ela realmente estava furiosa comigo e com razão. Suspirei indo em direção ao armário e troquei de roupa. Peguei meu carro na garagem e fui em direção á casa de Letícia. Meg abriu a porta.

- Oi meg! - disse entrando.
- Olá Gabriela.
- Aonde esta a Letícia.
- No quarto.
- Ah sim, obrigada.

Subi até o quarto dela. Ela estava atirada na cama com seu computador em cima. 

- Oie! - disse entrando.
- Até que enfim.
- Vai ficar dando patada até quando? - larguei minha bolsa em cima da escrivaninha dela.
- Você merece!
- Desculpa! Era isso que você queria ouvir?
- Na verdade o que eu quero realmente ouvir é o motivo do seu sumiço.
- Justin. -suspirei. - Satisfeita.
- Vocês brigaram?
- Não, estamos realmente bem.. só andou rolando uns negócios ai..
- Que tipo de "negócios."
- Eu vou pro Canadá com o Justin, Lety.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Thinking of you- Capítulo 37

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                                                               Gabriela P.O.V

Minha cabeça doía demais. Dever ser por eu ter chorado a noite inteira. Me ajeitei na cama, ficando sentada. Suspirei profundamente e encarei aquele quarto em rosa. Era lindo e me lembrava da minha mãe. Sorri de canto, suspirando novamente. Lily havia me trazido pra cá, passar uns dias com ela e esquecer um pouco do que havia acontecido. Me levantei da cama abrindo as cortinas da janela fintada em um tom de branco meio fosco. A manhã estava linda. O sol brilhando no céu e as pessoas passeando alegres pela calçada. Abri o enorme armário no canto do quarto, pegando uma roupa. Depois sai do quarto e fiu até o banheiro que era logo ao lado. Entrei, pegando uma toalha vermelha e a colocando em um "cabide" perto do box. Me despi e entrei. A água morna caia sobre meu corpo me fazendo relaxar. Depois de alguns minutos, sai do box, me sequei e me vesti. Sai do banheiro e fui até a cozinha, Lily estava sentada na cozinha, tomando café da manhã.

- Bom dia! - disse, puxando uma cadeira pra eu sentar.
- Bom dia, querida! Está melhor? - ela falou, dando uma colherada em sua salada de fruta.
- Um pouco. - disse, meio desanimada.
- Hm, tem alguma coisa que eu possa fazer para te animar? - ela pensou. - Que tal panquecas? Quer? Eu faço umas especiais pra você.
- Lily, sério, não precisa, não quero incomodar.
- Você não incomoda Gabi.
- Bom, nesse caso, eu aceito então. - Falei rindo. - Até por que suas panquecas são uma delícia.

Ela sorriu se levantando da mesa. Pegou as coisas, ligou o fogão e começou a fazer, o cheiro estava divino.

- Então, o que acha de sairmos hoje á tarde? - ela disse, pegando algo na geladeira.
- ótima ideia.
- Alguma sugestão? - Ela se esticou até o armário de cima, pegando um prato.
- Praia?
- Ótimo! Perfeito! - ela sorriu. - Prontinho, aqui está! - ela colocou o prato com panquecas e cobertura de caramelo na minha frente.
- Uau, isso aqui ta digno de foto no instagram!
- Nossa, obrigada! - ela disse rindo, se sentando novamente.

Terminamos de comer e o celular de Lily tocou.

- Alô? - pausa. - Sim, é ela! - pausa. - Certo, estarei ai. - pausa. -Obrigada. - desligou.
- Quem era? - disse, colocando o prato na pia.
- Do escritório, vou ter que dar uma passadinha lá, quer ir comigo?
- Pode ser, só vou trocar de roupa.
- Ok, eu também. Depois podemos ir almoçar naquele restaurante chique que você tanto gosta.
- Perfeito! - falei sorrindo.

Fui até o meu quarto, tirei a roupa, abri o armário e me arrumei. Passei perfume e fui até a sala esperar Lily.
Ela desceu completamente arrumada.

- Uau! - falei olhando para ela, o que a fez rir.
- Obrigada, você também, heim?

Sorri. Ela pegou a chave do carro e saimos. Entramos no carro dela e fomos em direção á empresa. Lily estacionou na frente, aonde havia um cara de terno.

- Bom dia. - ele falou sorrindo, enquanto abria a porta para Lily.
- Bom dia. - ela retribuiu o sorriso entregando a ele a chave do carro.

Sai do carro, dando a volta em volta dele. O cara me olhou e sorriu. Sorri de volta envergonhada e Lily riu. Entramos naquele prédio enorme. Era engraçado, nunca havia visto esse lado da sociedade. As pessoas corriam contra o tempo, atrás de entrevistas, papéis para assinar ou até mesmo para não perder o horário do almoço. Aquilo era estranho pra mim, por mais que o meu pai tivesse uma empresa.

- Nossa. - falei chocada, reparando naquela multidão que entrava e saia.
- Bem vinda ao mercado de trabalho, querida! - Lily riu, tirando os óculos escuros. - Venha!

Seguimos até a recepção.

- Bom dia, Sra. Lily! - uma moça loira, sorridente, falou.
- Bom dia, Ava. - Lily respondeu. - Os papéis já chegaram?
- Sim, e já estão em um pacote na sua sala.
- Ok, obrigada.

Seguimos até o elevador, parando no 7º andar. Lily caminhava apressadamente até sua sala. Era uma das últimas do corredor. 

- Finalmente. - ela riu, abrindo a porta. - Vamos, entre.

Entrei, era bem bonitinho, rústico, a cara de Lily.

- é lindo! - disse, colocando minha bolsa em uma das poltronas brancas.
- Obrigada, minha cara, não é? - ela riu, pendurando seu blazer rosa na sua cadeira.
- Era o que eu ja ia dizer. - sorri me sentando.

Ela pegou um pacote amarelo de cima da mesa e abriu, tirando de dentro inúmeras folhas brancas.


- Acredita que eu tenho que assinar tudo isso? 
- Nossa! Credo!
- Credo mesmo. - ela riu, procurando uma caneta pela mesa. 

Me aconcheguei na cadeira, tentando ficar a vontade. Lily assinava todos os papéis com pressa, como se quisesse acabar logo com aquilo. Depois de alguns minutos ela guardou os papéis já assinados dentro do envelope amarelo.

- Pode me esperar aqui por um estante? Só vou pedir pra enviarem isso de volta. - ela falou, saindo da sala.

Fiquei ali, fitando o teto por alguns segundos até meu celular começar a tocar. Abri a minha bolsa, o retirando de lá. Olhei no visor e meu coração disparou. Era Justin. Atendi imediatamente.

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- Justin!
- Meu amor! - ele disse, parecendo nervoso.
- Aconteceu alguma coisa?
- Não.
- Justin..
- Não aconteceu nada, só me responde uma coisa, ta legal?
- Ta.
- Seu pai ta ai com você? Você ta em casa? Vocês se falaram?
- Não meu pai não ta aqui. Não eu não estou em casa, dormi na Lily. E não, ainda não falei com ele.
- Graças a Deus! - ele suspirou aliviado.
- Por que?! Justin, o que esta acontecendo?
- Er.. nada. - ele forçou a garganta.
- Você acabou de forçar a garganta, isso significa que ta me escondendo algo.
- Gabi..
- Justin!
- Ta legal, mas não por telefone. - ele disse, o que me fez suspirar irritada.
- Ta, olha só, eu vou ir almoçar com a Lily agora, então, pode ser depois? No Starbucks?
- Ok, a gente se vê la, te amo.
- Também te amo.
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- Deixa eu ver.. Bieber! Acertei? - Lily disse, entrando no escritório, indo em direção a cadeira aonde colocou o seu blazer novamente e pegou a bolsa.
- Em cheio! - disse, guardando o celular dentro da bolsa.
- Alguma notícia?
- Provavelmente.. mas ele não quis falar pelo celular, a gente vai se encontrar la no Starbucks depois.
- Tudo bem, vai dar tudo certo. - ela sorrio de canto. - Agora vamos que eu estou morrendo de fome.

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                                                                          Justin P.O.V

- Será que os dois podem largar o video-game e vir almoçar? - minha mãe falou, parando na frente da tv.
- Ô mãe, sai dai, ta atrapalhando a visão. - falei.
- Justin, que parte do "vir almoçar" você não entendeu?
- Só pra terminar aqui, vai Pattie! - Chaz disse, fazendo uma cara muito retardada.
- Nem mais um segundo! - ela desligou a tv e saiu.

Nos levantamos e fomos até a sala de jantar. Nos sentamos e começamos a comer.

- O que vão fazer á tarde? - minha mãe disse, enquanto servia um pouco de salada no prato dela.
- Dormir! - Chaz disse de boca cheia.
- Eu vou encontrar com a Gabi, tô precisando falar com ela!
- Aconteceu alguma coisa, meu filho?
- Não.. - disse, tomando um gole de coca.

Minha mãe não tinha a menor ideia de que eu tinha ido falar com o Jhonny. Se ela soubesse, me mataria, provavelmente. Terminamos o almoço e Chaz subiu para o andar de cima. Comi a sobremesa, peguei as minhas coisas e sai á caminho do Starbucks. Ela ainda não tinha chegado, então me sentei em uma mesa no canto, aonde havia uma enorme janela que dava para ver a movimentação da avenida ao lado. Alguns minutos depois ela apareceu, gata pra caralho.

- Uau! Tudo isso pro Starbucks? - Falei me levantando e dando um selinho nela.
- Idiota. - ela riu. - Tô atrasada?
- Não ta amor. 

Nos sentamos e pedimos um Frappe de Chocolate com baunilha.

- E então? O que houve?
- Fui falar com seu pai la na empresa dele, ontem.
- Você o quê?! - ela disse, chocada. - Justin, você é louco?
- Eu só não aguentei, entendeu? Olha o que você ta passando, Gabi! Cara, tu não tem culpa de nada! Alias, ele é seu pai e devia te apoiar.
- Eu sei disso.. - ela baixou a cabeça. 
- Mas nós vamos dar um jeito. - disse, tentando arrancar um sorriso de seu rosto. Sem sucesso.
- Jeito, Justin? Que jeito? - ela pareceu indignada. - Olha aonde isso foi chegar? 
- Você tem que pensar positivo. 
- Eu tento, sinceramente, eu tendo, mas não adianta merda nenhuma. - ela passou a mãe sob seus cabelos loiros. 

Suspirei, por mais que eu tivesse irritado com isso, no fundo eu sabia que tudo o que ela havia dito era verdade. Eu só queria entender o motivo de tantas confusões por causa disso. De boa, eu só queria ser feliz ao lado dela, isso é pedir muito? 

- Sinto muito. - ela me olhou com os olhos cheios d'agua, se levantou e saiu.
- Gabi.. droga! - bati a mão na mesa.

Me levantei rapidamente saindo do local, olhei para os dois lados e nenhum sinal dela. Caminhei mais um pouco e avistei ela parada ao lado do carro, com as mãos no rosto. Caminhei lentamente até ela. Ela virou para trás com o rosto inchado.

- Princesa.. - a abracei o mais forte possível.


Ela chorava de soluçar, o que me partia o coração. 

- Ta tudo bem. - falei, sentindo ela se aconchegar em meus braços.
- Quando isso vai terminar? - ela disse, com a voz fraca.

Suspirei meio incomodado com a pergunta. Bufei pra fora e acariciei seus cabelos loiros com cheiro de baunilha. Retomei o ar e falei com a voz firme:

- E se você fugir comigo?





sexta-feira, 14 de junho de 2013

Thinking of you - Capítulo 36

                                                              
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                                                                    Justin P.O.V


Sai da casa da Gabi, entrei no carro e fiquei lá por alguns minutos. Até que eu fitei aquela enorme casa, suspirei e acelerei. Fui em direção á empresa do Jhonny, o pai dela. Era hoje que eu ia ficar cara a cara com ele. Entrei, estacionando naquele enorme estacionamento. Passei pela recepção, aonde uma moça estava atendendo.

- Posso ajudar? - ela disse, tirando uma mecha ruiva do rosto. - Justin?
- Louise? - disse, guardando o celular no bolso.
- Eu mesma! - ela diz, jogando os cabelos ruivos para trás.
- Não sabia que você era secretária daquele velho.
- Chama seu sogro assim?
- Como você sabe que eu e a gabi..
- Bom, as notícias correm.. e outra, qualquer pessoa sabia que uma hora ou outra vocês iam ficar juntos.
- Hm.. - disse, coçando a nuca. - Olha só, foi mal mesmo ter te deixado sozinha aquele dia no shopping que a gente marcou..
- Tudo bem, sério. - ela disse, sorrindo.
- Ta legal então.
- Mas eai? O que veio fazer aqui?
- Vim falar com o "sogrão"!
- Ah claro! - ela disse irônica.
- Ele ta na sala dele?
- Tá sim.
- Perfeito..

Sai indo em direção ao elevador.

- Ei, Bieber! - ela me chamou fazendo eu me virar. - Não faz besteira!
- Não prometo nada. - falei entrando no elevador.

*****
Depois de alguns andares o elevador se abriu, aonde pude ver um enorme corredor. Andei até a última porta, aonde havia uma placa dourada pendurada, escrito: "Dr. Jhonny Sandfoard". Pensei em bater antes de entrar, mas como eu queria fazer uma entrada "triunfal" e pegar ele de surpresa, apenas abri mesmo.
Jhonny estava ao telefone e assim que me viu, desligou o mesmo.

- Que diabos você esta fazendo aqui? - ele falou, se levantando da enorme cadeira preta de veludo.
- Quero falar com você.
- Eu não tenho nada pra conversar com gente como você, sr. Bieber, então por favor, saia!
- Não tô afim! - disse, me sentando.

Ele suspirou irritado, bufou e se sentou na cadeira novamente.

- O que você quer moleque? - ele disse, com uma voz ríspida.
- A Gabriela, é isso que eu quero!

Ele riu. Uma risada totalmente sem vida.

- Veio aqui pra isso? Perdeu seu tempo!
- EU QUERO A MINHA NAMORADA! - gritei, me levantando na cadeira.
- Abaixa a voz garoto, acha que ta falando com quem?
- Com um velho frouxo.
- Como é que é? - ele se levantou novamente da cadeira.
- Isso mesmo que você ouviu. Afinal, que tipo de pai você é? Tem noção? Você destruiu ela.
- Você não sabe de nada, Bieber!
- Eu sei sim, mais do que você pensa. Provavelmente eu conheça a Gabriela muito melhor do que você! De boa cara, aonde quer chegar com isso? Tudo bem, eu sei que meu pai e você se odeiam, mas eu e a Gabriela não temos nada a haver com isso! 
- Olha aqui..
- Sabe o estado que ela ta? Ela não para de chorar um segundo! Isso me destrói por dentro, ver ela chorando e eu não poder fazer nada! E sabe o que é ainda pior, é que você é o culpado de tudo isso.
- Garoto, cala a boca! Se eu tô fazendo isso é pra proteger ela!
- Proteger? Destruindo a felicidade dela? Sério isso! Cara, tu é o pai dela, a vida dela, a única coisa que ela tem. Ela perdeu a mãe e agora ta perdendo o pai. E se tu não for tão otário assim, vai ver isso.

Sai batendo a porta. A minha vontade era de voltar lá e matar ele. Acabar com aquele desgraçado. Ele pode me tirar tudo, menos ela. 
Peguei meu carro e voltei pra casa. Vi meu pai sentado no sofá vendo o jogo. 

- Eai filhão! - ele disse sorrindo e logo tomando um gole de cerveja.

Não respondi, apenas dei as costas e fui na cozinha pegar um doritos e uma coca. Votei e subi as escadas.

- Aconteceu alguma coisa? - ele disse, ainda sentado naquele enorme sofá vermelho.
- Aconteceu? - ri sem vida. - É inacreditável.
- O que?
- Como você consegue ser tão idiota quanto ele! - disse, parando em sua frente.
- Como? Justin, o que é isso?
- O QUE É ISSO? EU VOU DIZER O QUE É ISSO! VOCÊ DESTRUIU A MINHA VIDA! ACABOU COM TUDO O QUE EU TINHA DE MELHOR! - gritei, jogando a coca e o doritos no chão.
-  Do que você ta falando? - ele disse, tentando manter a calma.
- Gabriela! - falei com a voz trêmula.
- A sim, tinha que ser ela. Sempre atrapalhando as nossas vidas.
- Cala a tua boca pra falar dela!
- O que é isso? - minha mãe disse descendo as escadas rapidamente.
- Terminou com a namoradinha e ta me culpando! - meu pai falou.
- Ai meu deus! Justin, calma meu amor.
- CALMA PORRA NENHUMA! ESSE OTÁRIO VAI PAGAR POR TER TIRADO ELA DE MIM!
- Acha que eu tenho medo de você? - ele disse rindo. - Sou seu pai, sou a autoridade aqui!
- Tu é um filho da puta, isso sim! Deve ta feliz, né? Conseguiu o que queria! Tirou ela de mim. Tirou a coisa mais importante da minha vida! Parabéns Jeremy, ta feliz? - sentia as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.
- Jeremy, vai embora por favor! Já fez um ótimo estrago por hoje. - Minha mãe disse, me abraçando.
- Pattie, vai defender ele?
- Vou! Ele é meu filho, o meu dever é apoiar ele, seja qual for a escolha. Pela primeira vez eu vi o Justin gostar de alguém de verdade, e se você quer saber, a Gabriela é a menina mais querida desse mundo. Eu não vou deixar você tirar ela da vida do Justin assim. - ela suspirou. - Agora vai embora, por favor.

E ele foi, fechando a porta com força. Eu chorava desesperadamente  Pode até parecer gay, mas tô pouco me fodendo, eu não ia perder a minha princesa, não ia!

- Vai ficar tudo bem, meu amor! - minha mãe dizia enquanto passava a mão sob meus cabelos.
- Eu não quero perder ela!
- Não vai, meu anjo! Tudo vai ficar bem, eu prometo.


domingo, 26 de maio de 2013

Thinking of you - Capítulo 35


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                                                     Gabriela P.O.V

Minha respiração estava totalmente ofegante, minhas pernas tremiam, minhas mãos soavam e meu coração batia rapidamente como se a qualquer momento eu fosse ter um ataque cardíaco. Eu não acreditava que ele tinha descoberto, não agora que estava tudo perfeito entre mim e o Justin. Só de pensar que tudo isso ia acabar, me dava uma vontade de me atirar na frente do primeiro carro que passasse na rua. Me virei lentamente, e pude ver meu pai me encarando, furioso. Minha boca abria e fechava, tentando falar algo, mas eu realmente não conseguia.

- Como você teve coragem de fazer isso comigo? - ele disse, ríspido.
- C-como você descobriu? - minha voz saiu falhada e fraca.
- Já ouviu aquele ditado, "a mentira tem perna curta"?- ele me encarava, decepcionado. - Achou mesmo que vocês iam conseguir me fazer de otário por muito tempo, não achou?
- Pai, não foi..
- Cala a boca, Gabriela! - ele gritava, o que me fazia tremer mais ainda, era a primeira vez que meu pai gritava comigo. - Eu tô com nojo de olhar na tua cara.
- Pai, por favor, tenta entender..
- Entender o que? Que você traiu o seu pai? Que você conseguiu definitivamente me passar pra trás? Sinceramente, eu esperava isso de qualquer um, menos da minha filha! Agora sai da minha frente, antes que eu perca mais a paciência.

Ele se virou e foi em direção da cozinha. Subi correndo para o meu quarto. Eu só queria me trancar la e nunca mais sair. Entrei e fechei a porta rapidamente, e em menos de segundos, as lágrimas invadiram o meu rosto. Me atirei na cama. Isso não podia ta acontecendo, simplesmente não podia. Como eu ia viver sem ele? Era impossível.
Limpei as lágrimas, peguei meu celular dentro da pequena bolsa e disquei o número de Justin.

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- Amor! - ele disse, com uma voz sonolenta, provavelmente eu devia ter acordado ele.
- Justin..
- Gabi? Amor, tu ta chorando? - ele disse, preocupado. - Gabriela pelo amor de Deus, fala comigo.
- Acabou Justin.. - disse, aos prantos.
- O quê? Perai, como assim "acabou"? Do que você ta falando Gabriela?
- Ele descobriu Justin, o meu pai descobriu tudo.
- O que? - ele disse, decepcionado. - Não pode ser...
- Justin, eu tô com medo.
- Ai meu deus. - ele suspirou. - Calma Gabi, a gente vai dar um jeito.
- Jeito, Justin? Que jeito? Ele não vai deixar eu te ver nunca mais.
- Eu prometi pra você que ia ser pra sempre não prometi? Então, eu vou fazer valer com a minha promessa.
- Eu não quero te perder..
- E não vai, princesa.. Olha só, descansa e amanhã eu dou o meu jeito.
- Mas Justin..
- Confia em mim, Gabi. Vai dar tudo certo. Agora descansa princesa, vai ficar tudo bem.
- Ta..
- Eu te amo, vida.
- Eu também.
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Desliguei o telefone e suspirei. Era incrível como a voz dele me acalmava, me trazia a esperança de que, realmente no final, ia dar tudo certo. Coloquei me celular na mesinha de cabeceira e fui até o banheiro lavar meu rosto e escovar os dentes. Depois fui no meu closet e coloquei um pijama. Já eram 7:30 da manhã e eu não tinha ido dormir.
Me deitei e fiquei fitando o teto por alguns minutos. E então lembrei da minha mãe, de quando eu tive a minha primeira desilusão amorosa aos 6 anos de idade e cheguei da escolinha chorando. Me lembro de ela sentar na beira da minha cama, acariciar meu rosto e dizer: "A vida é nunca é justa com ninguém. As coisas ruins veem á tona para que as boas possam fluir." Eu só queria que ela estivesse aqui comigo, me acalmando e dizendo que vai ficar tudo bem. Nisso, eu apaguei e só fui acordar ás 15:30 da tarde.
Levantei, tomei um banho demorado, vesti um vestidinho rosa-bebê soltinho e um chinelo. Prendi meu cabelo com um coque e desci. Nancy estava na cozinha, preparando algo.

- Bom dia querida. - ela disse, sorrindo.
- Bom dia. - disse, seca.
- Mais um de mau-humor hoje? - ela riu fraco. - Seu pai saiu daqui sem dizer uma palavra.
- Tô nem ai pra ele. - dei de ombros.
- Vish, o que aconteceu?
- Aconteceu que ele descobriu, Nancy. - falei, me sentando em um banquinho no centro daquela enorme cozinha.
- Oh, meu deus! - ela disse, apavorada. 
- Poise, tô destruída. 
- Oh, não fique assim querida, vai dar tudo certo. 
- Tô tentando pensar desse jeito, mas ta difícil.
- Não fique assim, olha só, pra animar vou fazer uma comida deliciosa pra você, ok?
- Ta bem.. - sorri fraco.

Fui até a sala e me atirei na TV, estava dando o filme "Qual o seu número?", que por algum motivo, que eu não sei, me lembrava de mim e do Justin. Meu celular tocou e eu atendi, era ele.

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- Oi, príncipe. - disse, sorrindo enquanto eu olhava o filme.
- Oi amor, ta melhor? 
- Um pouco..
- E o seu pai? Chegou a falar com ele?
- Não, eu acordei agora e graças a Deus não falei com ele.
- Ta legal.. - ele ri. - Quer que eu dê um passada ai? Tô querendo te ver.
- Sim, eu quero, to precisando de ti mô.
- Ta, daqui a pouco eu tô ai, beijo.
- Beijo.
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- Ta servido. - Nancy disse, terminando de arrumar a mesa. 
- Tu é um anjo! 
- Obrigada. - ela riu indo pra cozinha.

Me sentei e comecei a comer a comida. Estava divina. A campainha tocou, deveria ser Justin.

- Nancy, atende pra mim? Acho que é o Justin.
- Tudo bem. - ela respondeu.
- Bom dia, Nancy! - ouvi uma voz feminina, espiei e era Lily.
- Meu anjo! - ela largou a bolsa no canto na mesa e veio me abraçar.
- Lily!!
- Eu já estou sabendo de tudo. - ela suspirou com pena.
- Ele te disse? - minha voz saiu fraca.
- Sim.
- Que idiota!
- Ele é seu pai, Gabi.
- Infelizmente.
- Gabriela!
- O que foi? - disse, dando uma garfada no pimentão-verde e levanto á boca. - Por que eu iria gostar de um pai que não dá a mínima pra mim? Que fica me dizendo com quem eu devo ou não namorar? Que não me apoia? E que não pode me ver feliz que faz de tudo pra estragar a minha felicidade?
- Gabi, isso não é verdade. - ela disse, calma, se sentando em uma cadeira ao lado da minha.
- Claro que é.

Ela permaneceu em silêncio. Terminei de comer, servi um pouco de suco de laranja e tomei me dirigindo ao sofá. Lily apenas me olhava, com pena.

- Que foi?
- Não quero que fique assim.
- A culpa de tudo isso é dele não é minha. Ele que acabou comigo.

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                                                                    Justin P.O.V

- Aonde você vai filho? - minha mãe disse entrando no meu quarto.
- Na Gabriela. - falei, terminando de abotoar a minha calça.
- Fazer o que lá? Meu filho, isso vai dar problema!
- Já deu! - coloquei meu supra e o moleton vermelho.
- Como assim?
- O pai dela ja sabe!
- O quê? - ela disse, espantada.
- É isso que você ouviu.
- E você vai lá depois de tudo isso?
- Vou pra salvar o nosso namoro.
- Justin, isso realmente vale a pena?
- Mais do que você imagina! - falei, depositando um beijo em sua testa e saindo de casa.

Entrei no carro e fui em direção a casa da Gabi. Me deparei com o carro de Lily estacionado na frente da casa dela. Que ótimo, af. Desci e toquei a campainha. Gabi atendeu, me viu e sorriu.

- AMOOR! - ela me deu um selinho.
- Oi princesa! 
- Entra.
- Oi Justin. - Lily disse, sorrindo.
- Eai.

Me sentei ao lado da Gabi.

- Já ta sabendo? - Lily me perguntou.
- Sim..
- E ai, como vai ser?
- Vai ser que vamos continuar juntos.
- Justin isso é muito arriscado.
- Eu vou lutar por ela, Lily!
- Olha, eu intendo e acho lindo o amor de você, mas vocês sabem que ele e o seu pai vão infernizar vocês.
- É verdade, Justin.. - gabi disse.
- A gente vai dar um jeito, amor. - disse acariciando a mão dela.
- Mesmo assim Justin, é muito arriscado.
- Cara, a gente não pode passar a vida inteira com medo, Gabi. - suspirei.
- Amor..
- Vamos enfrentar isso juntos.
- Promete?
- Prometo.


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